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'Você sabe de onde venho' ?

  • Divulgação - Ex-combatente SARGENTO SEBASTIÃO - 98 anos, homenageado pela AORE

76 anos da Tomada de Monte Castelo

Da redação 21/2 - 17h15 - Em 21 de fevereiro de 1945, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) protagonizou uma  das maiores conquistas em sua participação na 2ª Guerra Mundial: a Tomada de Monte Castelo. Essa elevação possuía grande importância tática, que permitiria o avanço das tropas aliadas em direção à Alemanha, e essa pressão ofensiva aceleraria a capitulação dos Estados que compunham o Eixo representados por Alemanha, Itália e Japão. Para lembrar a heróica participação de pracinhas brasileiros no conflito militar mais mortal da história quando 70 a 85 milhões de pessoas pereceram, o que representou cerca de 3% da população mundial de 1940 (estimada em 2.3 bilhões de habitantes), a AORE/ Joinville - Associação dos Oficiais da Reserva do Exército promoveu evento cívico na manhã de domingo (21), na praça Monte Castelo que fica nas proximidades da antiga Estação Ferroviária.

Informações sobre o evento que contou com o apoio do 62 º Batalhão de Infantaria foram repassadas pelo oficial R2 José Paulo Figueiredo Meyer. Disse que cultuar e reverenciar aqueles que escreveram essa memorável página de nossa história, mais que uma homenagem, é dever de todos. "Monte Castelo foi mais que uma grande batalha vencida, pois representa, ainda hoje, a força, a garra e a coragem do povo brasileiro, na quebra de paradigmas para toda a humanidade", enfatizou.

Simbolizando a FEB e sua histórica contribuição para a vitória das Forças Aliadas, esteve presente o sargento Sebastião, expedicionário com 98 anos. O ex-combatente, um dos heróis com participação direta na Tomada de Monte recebeu a justa homenagem prestada pela AORE. 


Divulgação/

A Associação dos Oficiais da Reserva do Exército - Joinville aproveitou a oportunidade para comemorar a adoção da Praça Monte Castelo pela entidade. Meyer informou que o trabalho inicial aconteceu com a realização de um mutirão com a participação de 12 oficiais R2, suas esposas e familiares. Na ação, foram executados serviços como roçada, pintura de bancos, plantio de flores e limpeza geral."Quando o Poder Público não pode fazer, cabe a nós cidadãos oferecer nossa contribuição", disse o oficial R2.

Fundada em 24 de agosto de 2014, a AORE/SC - Associação dos Oficiais da Reserva do Exército é filiada ao Conselho Nacional de Oficiais da Reserva - CNOR - tem por finalidade promover o congraçamento entre os Oficiais da Reserva, os declarados Aspirantes a Oficial, bem como alunos das instituições de formação de Oficiais da Reserva do Exército - CPOR/NPOR, oriundos das Forças Armadas Brasileiras. Em Joinville, a entidade é presidida pelo tenente Ádamo.

Canção do Expedicionário

Conheça a versão completa da Canção do Expedicionário. Composta em agosto de 1944 e lançada em disco já em outubro desse ano pela gravadora Odeon, numa memorável interpretação de Francisco Alves, então um dos cantores de maior sucesso no rádio, teve letra do poeta Guilherme de Almeida e música do maestro Spartaco Rossi. (Fonte: CMPA - Colégio Militar de Porto Alegre)

Sem nenhum apoio oficial do governo para realizar o projeto, intelectuais de peso como Oswald de Andrade, Mário de Andrade e notáveis como Assis Chateubriand, procuraram os irmãos Emílio, Vicente, Affonso, José e João Vitale, proprietários da mais importante editora de discos e livros em atividade no Brasil naquela época, e conseguiram deles a ajuda para que o disco pudesse ser lançado. E assim, com o importante apoio dos Irmãos Vitale, a Canção do Expedicionário ganhou notoriedade no rádio e passou a ser vendida em todas as lojas de discos do País.

Para descrever esse sentimento, o poeta juntou na letra versos de músicas folclóricas como "Meu limão, meu limoeiro" e expressões conhecidas naquela época, como "Luar do Sertão", uma alusão à lendária música composta em 1914 por Catulo da Paixão Cearense (1863-1946). O poema da Canção do Expedicionário utiliza versos inteiros de outras obras, embora em ordem diferente: "Casinha Pequenina onde nosso amor nasceu?; um é pouco, dois é bom, três é demais?" da música "Casa de Caboclo", lançada com sucesso em 1928 e composta pelo alagoano Heckel Tavares.

Guilherme de Almeida ainda utilizou e adaptou um verso que era muito conhecido dos brasileiros: "Maria, o seu nome principia na palma da minha mão". A frase é de uma letra de autoria de Luiz Peixoto, autor da versão oficial do Hino da FEB, de uma música feita em parceria com Ary Barroso, gravada por Sílvio Caldas em 1931, um reconhecido clássico da música popular brasileira.

A Canção do Expedicionário de Guilherme de Almeida e Spartaco Rossi foi gravada com apenas parte da letra, pois o conteúdo integral não cabia no disco de 78 rotações. Por um pedido do maestro Spartaco Rossi aos Irmãos Vitale, a letra integral foi impressa na capa do disco. Após o lançamento na voz de Francisco Alves, a música foi regravada várias vezes: pelo Corpo Musical da Guarda Civil do Estado de São Paulo, em disco Chantecler em 1961; por Inezita Barroso e a Banda da Força Pública do Estado de São Paulo, em disco Copacabana em 1963; pela Banda de Música da 1ª Divisão e Infantaria no LP "Marchas militares brasileiras", da RCA Victor em 1968; pelo Coral RCA em 1971, no LP "Nossas canções"; e, no ano seguinte, pelo Conjunto Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, e por Orquestra e Coro com regência do maestro Azevedo Marques no LP "Sesquicentenário da Independência", da Copacabana. (com informações da Revista Campo e Cidade - Jul/Ago 2014)


CMPOA/

Canção do Expedicionário

Você sabe de onde eu venho ?

Venho do morro, do Engenho,

Das selvas, dos cafezais,

Da boa terra do coco,

Da choupana onde um é pouco,

Dois é bom, três é demais,

Venho das praias sedosas,

Das montanhas alterosas,

Dos pampas, do seringal,

Das margens crespas dos rios,

Dos verdes mares bravios

Da minha terra natal.

Por mais terras que eu percorra,

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá;

Sem que leve por divisa

Esse "V" que simboliza

A vitória que virá:

Nossa vitória final,

Que é a mira do meu fuzil,

A ração do meu bornal,

A água do meu cantil,

As asas do meu ideal,

A glória do meu Brasil.

Eu venho da minha terra,

Da casa branca da serra

E do luar do meu sertão;

Venho da minha Maria

ujo nome principia

Na palma da minha mão,

Braços mornos de Moema,

Lábios de mel de Iracema

Estendidos para mim.

Ó minha terra querida

Da Senhora Aparecida

E do Senhor do Bonfim!

Por mais terras que eu percorra,

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá;

Sem que leve por divisa

Esse "V" que simboliza

A vitória que virá:

Nossa vitória final,

Que é a mira do meu fuzil,

A ração do meu bornal,

A água do meu cantil,

As asas do meu ideal,

A glória do meu Brasil.

Você sabe de onde eu venho ?

E de uma Pátria que eu tenho

No bôjo do meu violão;

Que de viver em meu peito

Foi até tomando jeito

De um enorme coração.

Deixei lá atrás meu terreno,

Meu limão, meu limoeiro,

Meu pé de jacaranda,

Minha casa pequenina

Lá no alto da colina,

Onde canta o sabiá.

Por mais terras que eu percorra,

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá;

Sem que leve por divisa

Esse "V" que simboliza

A vitória que virá:

Nossa vitória final,

Que é a mira do meu fuzil,

A ração do meu bornal,

A água do meu cantil,

As asas do meu ideal,

A glória do meu Brasil.

Venho do além desse monte

Que ainda azula o horizonte,

Onde o nosso amor nasceu;

Do rancho que tinha ao lado

Um coqueiro que, coitado,

De saudade já morreu.

Venho do verde mais belo,

Do mais dourado amarelo,

Do azul mais cheio de luz,

Cheio de estrelas prateadas

Que se ajoelham deslumbradas,

Fazendo o sinal da Cruz !

Por mais terras que eu percorra,

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá;

Sem que leve por divisa

Esse "V" que simboliza

A vitória que virá:

Nossa vitória final,

Que é a mira do meu fuzil,

A ração do meu bornal,

A água do meu cantil,

As asas do meu ideal,

A glória do meu Brasil.

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